- Posição Atual: Vice-Presidente da Holding América Latina
Vera chegou como alguém que escolheria permanecer, aprendendo a língua, explorando frutas com nomes poéticos e mergulhando em um país que respira ritmo próprio.
Em 2022, Vera Zaitseva chegou ao Brasil.
Era uma transição que misturava coragem e curiosidade: chegar a um novo país, entender seus ciclos econômicos e, ao mesmo tempo, conduzir a integração de uma operação industrial complexa.
Ela se deparou com um laboratório vivo: fábricas pulsando, compressores GA VSD+ ajustando seu ritmo conforme a demanda, sopradores ZS que respiravam eficiência e ferramentas MicroTorque que giravam com precisão cirúrgica.
Cada equipamento contava uma história, mas só se tornava completo quando integrado a sistemas administrativos sólidos, contratos fluidos e ERPs que conversavam entre si. Vera sabia que tecnologia sem suporte humano era apenas metal; o diferencial do Grupo Atlas Copco vinha do encontro entre máquina e gente.
Pioneiro no modelo de key account, percorreu o país inteiro, atendendo carteiras completas de empresas como Nestlé, Antártica, Petrobras e Renault, estabelecendo relações que se tornariam referenciais de confiança.
Nos primeiros meses, sua rotina era observação silenciosa e escuta atenta.
Ela caminhava pelos escritórios, conhecia os colaboradores, absorvia a cultura local e, simultaneamente, avaliava como cada processo administrativo impactava o chão de fábrica.
Cada nota fiscal, cada dado de inventário, cada fluxo de crédito alimentava o sistema de eficiência que transformava a operação em algo quase musical: um concerto em que o compressor, a ferramenta e o operador eram instrumentos tocando em harmonia.
O Brasil, metade da força do Grupo Atlas Copco na América Latina, tornou-se seu palco principal.
Com 50% das equipes do continente localizadas aqui, ela precisava alinhar nove países sob uma mesma filosofia: entregar produtos e serviços que fossem consistentes, confiáveis e sustentáveis.
Vera começou a costurar essa sinfonia com delicadeza e método, conectando aquisições, integrando sistemas de TI, garantindo cibersegurança e preparando a nova geração de colaboradores para um mundo híbrido, digital e conectado.
A integração de empresas adquiridas, por exemplo, era mais do que formalidade: era criar pontes entre culturas, processos e tecnologias.
O fluxo de dados, o compliance fiscal e os contratos precisavam se mover com a mesma precisão dos compressores e ferramentas que o Grupo Atlas Copco entregava ao mercado.
Para Vera, invisível e visível coexistiam: sistemas administrativos liberavam potência para inovação técnica e soluções tangíveis chegavam aos clientes de forma previsível e confiável.
Mas sua liderança não era apenas técnica.
Ela trouxe para o Grupo Atlas Copco uma filosofia de cuidado humano: programas de mentoria, políticas de paternidade ampliadas, incentivo à liderança feminina e diversidade ativa. Para ela, diversidade era tecnologia silenciosa: multiplicava perspectivas, acelerava decisões e expandia o repertório de soluções. Enquanto os produtos se destacavam por eficiência, precisão e sustentabilidade, a cultura se tornava diferencial competitivo.
Nos corredores da empresa, Vera observava como cada colaborador se tornava protagonista. A rotina diária — uma reunião, uma análise de dados, uma visita à fábrica era também uma construção de capital intelectual.
A inovação, para Vera, só existia quando o humano e o técnico avançavam juntos
O Brasil, com sua economia cíclica, reformas tributárias complexas e diversidade cultural, foi um terreno fértil e desafiador.
Vera aprendeu a navegar entre regras, adaptações e mudanças, transformando obstáculos em oportunidade.
Cada projeto, cada decisão e cada integração reforçava a posição do Grupo Atlas Copco como líder em soluções industriais, diferenciada pela entrega completa de produtos, serviços e experiência.
Ao olhar para trás, cada máquina que partia para o cliente, cada compressor ajustado com precisão e cada ferramenta calibrada era uma consequência de escolhas que começaram no administrativo e floresceram no chão de fábrica.
Vera tornou-se a guardiã da ponte entre o visível e o invisível, entre produto e serviço, entre a memória institucional do Grupo Atlas Copco e o futuro que ainda seria escrito.
Para ela, o Grupo Atlas Copco não é apenas uma empresa com 150 anos de história global e 70 no Brasil: é uma orquestra de engenharia e gente, um espaço onde coragem, método e cuidado humano se combinavam para criar soluções que transformavam indústria e sociedade.