70 anos no Brasil

João Anastácio:

Cultura e confiança que se transmite

  • Posição Atual: Gerente Geral de Vacuum Technique

 

Era 1996 quando João Anastacio entrou pela primeira vez no Grupo Atlas Copco, carregando nos bolsos a curiosidade inquieta de quem quer entender cada engrenagem, cada tubo, cada sopro de ar comprimido que move o mundo industrial. 

Foto de Entrevistado do Site de 70 anos do Grupo Atlas Copco no Brasil

Entre máquinas, planilhas e ruídos de oficina, João começou a aprender. 

Sempre fui muito curioso, queria aprender coisas novas, equipamentos novos e sempre me atirei para fazer isso”

lembrava ele, como se a curiosidade fosse um motor silencioso que nunca se desligava.

No início dos anos 2000, o Grupo Atlas Copco deu um passo estratégico: criou a célula corretiva, um núcleo dedicado a atender clientes existentes com rapidez, eficiência e cuidado.

João foi chamado para liderar essa célula, recrutando técnicos, treinando planners e desenhando processos que não apenas corrigiam problemas, mas criavam oportunidades de crescimento.

Era o início de uma filosofia que misturava tecnologia, proximidade humana e visão de futuro.

Cada visita a um cliente, cada máquina ajustada, se tornava uma pequena história de confiança e inovação.

A trajetória de João percorreu diferentes terrenos: de técnico a gerente de operações, de planejador a gerente de linha de negócios.

Ele percorreu cidades, visitou fábricas e laboratórios, sempre com o mesmo olhar atento: o de quem quer entender não apenas como a máquina funciona, mas como a tecnologia transforma vidas.

O Grupo Atlas Copco, para ele, não era apenas uma empresa, era um laboratório vivo de soluções industriais, onde o vácuo, o ar comprimido e a engenharia se entrelaçavam com histórias humanas.

Um território jovem, mas robusto

Em 2023, João assumiu a área de negócios de Vácuo do Grupo, um território relativamente novo no Brasil, mas construído sobre séculos de expertise das empresas adquiridas, como Edwards e Leybold.

O Grupo, ao incorporar essas marcas, não apenas ganhou tecnologia; ganhou memórias, conhecimento e um passaporte para segmentos industriais e científicos que exigiam precisão e confiabilidade máximas. 

A aquisição é interessante porque você começa num outro patamar, não precisa inventar a roda toda vez”.

João explicou com naturalidade

Foto de Entrevistado do Site de 70 anos do Grupo Atlas Copco no Brasil

A unidade de Vácuo se desdobrava em três braços

  • Vácuo Industrial: nas linhas de produção de alimentos, bebidas, automóveis e semicondutores, bombas e ventosas manipulavam materiais com precisão que os olhos humanos não podiam alcançar. “Se eu quiser pegar um produto que dificilmente uma máquina conseguiria ou um humano, a ventosa de vácuo segura e transporta o material com precisão”, contava João, descrevendo a magia invisível da tecnologia.
  • Vácuo Científico: em laboratórios, universidades e no acelerador de partículas Sirius, a tecnologia permitia explorar limites da física, possibilitando pesquisas que projetavam o Brasil para o futuro.
  • Serviço: os técnicos acompanhavam cada cliente, garantindo que a complexa rede de vácuo funcionasse sem falhas, como uma sinfonia silenciosa de engenharia e cuidado.

As aquisições estratégicas permitiram que o Grupo se destacasse entre concorrentes: não era apenas sobre ter equipamentos de ponta, mas sobre conhecimento consolidado e aplicado.

Cada bomba, cada painel de controle, cada célula de serviço carregava a história de décadas, integrando experiência e inovação.

João via isso diariamente: a tecnologia do Grupo Atlas Copco não competia apenas em eficiência; competia em confiança, em consistência, em legado.

O impacto social era discreto, mas profundo. Em hospitais e consultórios, bombas de vácuo garantiam segurança em procedimentos médicos; em laboratórios de pesquisa, permitiam que cientistas descobrissem o futuro; em indústrias, transformavam linhas de produção em sistemas precisos, limpos e confiáveis.

Era o nada que estava em tudo: invisível, mas fundamental.

Desafios humanos

O desafio maior, no entanto, continuava a ser humano: formar equipes alinhadas aos valores do Grupo Atlas Copco, preservar a cultura adquirida ao longo de décadas, garantir que cada novo talento absorvesse o DNA da empresa e o transformasse em inovação contínua.

João sabia que máquinas se aprendem, processos se ensinam, mas cultura e confiança se transmite com histórias e exemplos, dia após dia.

Ao olhar para trás, para quase três décadas de dedicação, João Anastacio vê o Grupo como uma constelação de histórias humanas e tecnológicas, cada estrela representando uma conquista, uma inovação, uma vida tocada pela precisão e pelo cuidado.

Ele deseja que o futuro continue a ser construído assim: com tecnologia que transforma, equipes que inspiram e valores que perduram.