- Posição Atual: Business Line Manager - Industrial Technique
Ela o viu chegar jovem, com brilho nos olhos e um diploma recém-saído da Unicamp.
Era 1994, e Henrique trazia consigo não só um conhecimento sólido em engenharia eletrônica, mas também uma vontade imensa de aprender e construir algo relevante.
Ele não queria um emprego. Queria propósito. E encontrou.
Naquele tempo, o Grupo Atlas Copco ainda usava fax para se comunicar com o mundo. A internet era uma promessa distante, e a digitalização era um vocabulário restrito.
Mas foi justamente nesse cenário que Henrique foi incumbido de uma missão ousada: lançar no Brasil a nova linha de ferramentas eletrônicas, que estava transformando as fábricas da Europa.
Henrique foi à Suécia, aprendeu direto na fonte e voltou determinado. Trouxe não apenas os equipamentos, mas também a confiança de que poderia liderar essa mudança. E liderou.
No início, era ele quem carregava as ferramentas nas costas, quem subia e descia as linhas de produção, quem falava tanto com gerentes quanto com operadores.
Entre pessoas e projetos, a tecnologia ganhava alma
Ao longo dos anos, Henrique participou de projetos que ajudaram a moldar o setor automotivo brasileiro.
Esteve no coração de iniciativas como o PQ24 da Volkswagen, o consórcio modular da VW Caminhões em Resende, a planta da Ford em Camaçari. E em cada uma dessas histórias, o que se destacava não era só a tecnologia que ele apresentava, mas a forma como construía confiança, lado a lado com o cliente.
Foi isso que o transformou, aos poucos, em ponte entre o mundo técnico e o comercial. De especialista, virou formador de equipe.
De técnico, virou educador.
De engenheiro, virou parceiro de negócio.
De ferramentas a soluções completas
O Grupo Atlas Copco o viu crescer enquanto ele ajudava a amadurecer o próprio conceito de entrega. Se no passado se vendia a ferramenta, hoje o cliente quer o todo.
E Henrique se tornou um dos porta-vozes dessa transição.
Inovação que não para. E que não se improvisa.
Concorrentes vieram. Alguns tentaram copiar. Mas poucos resistiram ao tempo.
Henrique sempre acreditou na importância de manter o olhar no horizonte, acompanhando tendências como a eletrificação de veículos, a mobilidade urbana, as mudanças climáticas. Tudo isso se traduz, em sua visão, em novas oportunidades de servir melhor, com mais impacto e menos desperdício.
Formar pessoas: o outro lado da inovação
Talvez um dos legados mais importantes de Henrique esteja na formação de talentos. Ele nunca perdeu a crença no valor do desenvolvimento humano.
Incentivou jovens a experimentarem, a aprenderem com diferentes áreas, a construírem uma carreira — não apenas uma profissão.
O Grupo Atlas Copco viu nele um espelho da cultura que acredita: uma empresa que transforma com tecnologia, mas sustenta tudo com gente comprometida, preparada e apaixonada.
Uma mensagem para o futuro
Ao completar 70 anos no Brasil, o Grupo Atlas Copco olha para trás com gratidão, e para frente com coragem.
E nas palavras de Henrique, encontra um reflexo do que deseja continuar sendo:
Henrique Paiva é um capítulo inteiro dessa história. Uma história feita de ideias, de escuta, de engenho e de entrega.