70 anos no Brasil

Celso Mauat:

Uma vida na estrada

  • Área de Negócio: Compressor Technique Brasil
  • Ex-colaborador

 

Quando Celso chegou até nós, era um jovem de 25 anos, recém-casado, dirigindo um Fusca sem direção e sem ar-condicionado pelas estradas de terra do Sul do Brasil. 
Não havia celular, nem GPS, nem conforto.
Mas havia vontade.
E havia coragem.

Foto de Celso Mauat

Ele cruzava o Rio Grande do Sul e Santa Catarina fazendo cobranças, enfrentando calor intenso, marimbondos nas costas e uma saudade contida no peito.
Sempre com um sorriso, sempre com disposição.

De vez em quando, parava num orelhão só para avisar ao escritório que ainda estava vivo.

E seguia em frente.

"A gente não sabia se voltava. Mas voltava feliz. Somando tudo, foram 47 anos de Atlas Copco. É uma vida"

Assim começou uma jornada que atravessaria quase cinco décadas.
Ao longo dos anos, Celso assumiu diversas funções: cobrador, inspetor, analista de crédito, distribuidor.
Entrou, saiu, voltou.
Nunca deixou de acreditar.

E foi com a gente que ele formou sua família. Quatro filhas criadas com orgulho e educação: duas advogadas, uma arquiteta, uma nutricionista. Três netos. O que ele construiu com a Atlas Copco, ninguém tira.

Um nome que se leva no peito

Celso é daqueles que honra o nome. E o nosso, ele carregou com firmeza. Em cada cidade, em cada cliente, em cada novo desafio.

“O nome Atlas Copco foi o que me levou até onde estou hoje.”

No Sul, dizem que ele é mais conhecido que notícia ruim — e ele sorri ao repetir isso. Não é por acaso. Ele vendeu para pais, depois para filhos. E mantém vivo esse elo de confiança geração após geração.


“Cliente perdido é difícil de recuperar. Por isso, tratamos todos como únicos.”

Foto de Entrevistado do Site de 70 anos do Grupo Atlas Copco no Brasil

Tecnologia que transforma, mas não muda o que importa

Ele viu a tecnologia mudar tudo: das máquinas horizontais para verticais, das lubrificadas para isentas, das pesadas para as compactas. Mas o que não mudou foi a crença: se a Atlas Copco lança um produto, é porque ele é bom.

Celso se orgulha de saber que a gente fabrica os próprios elementos, que a engenharia é própria, que não somos apenas montadores — somos criadores.
Ele viu isso de perto. Vendeu máquinas de alta pressão, equipamentos especiais, soluções robustas para obras e indústrias exigentes. Acreditou em cada lançamento.

Atlas Copco sempre enxergou o futuro antes da gente.

Desafios? Muitos. Mas a vontade sempre foi maior.

Crises econômicas, instabilidades políticas, recessões. Celso esteve lá. Ele viu as dificuldades chegarem — e passar.
Porque a gente sempre manteve os pés no chão e os olhos no horizonte. “Crise passa. O que fica é a confiança que você constrói com o cliente.”

E com ele, a palavra “comprometimento” nunca foi apenas discurso. Era prática.
Sua equipe trabalha quando for preciso. Porque sabe que compressor parado é fábrica parada.
E fábrica parada custa caro: “Trabalhamos com urgência, porque o cliente não pode esperar.”

Legado vivo, transmitido com orgulho

Hoje, aos 71 anos, Celso continua trabalhando. Com vigor, com gosto, com orgulho. E com sabedoria: já prepara seu sucessor. Está ensinando tudo ao genro, Rodrigo.

“Não adianta levar conhecimento pro caixão. Estou passando adiante.”

Com a distribuidora ACBSUL, ele está passando valores. Respeito, compromisso, lealdade. Está formando continuidade, está garantindo que a bandeira que carrega siga erguida, por outros braços, mas com o mesmo coração.

E para os próximos 70 anos...

Quando perguntado sobre o que deseja para o futuro da Atlas, a resposta é clara.

“Que venham mais 70. Mais 100. Porque essa empresa tem alma, tem visão e tem raízes.”

Celso acredita. Acredita que a gente continuará evoluindo, inovando, cuidando de quem está longe dos grandes centros, como ele, mas perto do que realmente importa: o cliente, a solução, a confiança.

Ele sabe que a nossa história é feita de tecnologia, sim. Mas também de pessoas como ele, que transformam trabalho em propósito, estrada em legado, tempo em valor.

O Grupo Atlas Copco é a minha casa. Faço com prazer. E vou seguir enquanto Deus me der saúde.”