- Área de Negócio: Compressor Technique Brasil
- Ex-colaborador
Quando Celso chegou até nós, era um jovem de 25 anos, recém-casado, dirigindo um Fusca sem direção e sem ar-condicionado pelas estradas de terra do Sul do Brasil.
Não havia celular, nem GPS, nem conforto.
Mas havia vontade.
E havia coragem.
Ele cruzava o Rio Grande do Sul e Santa Catarina fazendo cobranças, enfrentando calor intenso, marimbondos nas costas e uma saudade contida no peito.
Sempre com um sorriso, sempre com disposição.
De vez em quando, parava num orelhão só para avisar ao escritório que ainda estava vivo.
E seguia em frente.
E foi com a gente que ele formou sua família. Quatro filhas criadas com orgulho e educação: duas advogadas, uma arquiteta, uma nutricionista. Três netos. O que ele construiu com a Atlas Copco, ninguém tira.
Um nome que se leva no peito
Celso é daqueles que honra o nome. E o nosso, ele carregou com firmeza. Em cada cidade, em cada cliente, em cada novo desafio.
Tecnologia que transforma, mas não muda o que importa
Ele viu a tecnologia mudar tudo: das máquinas horizontais para verticais, das lubrificadas para isentas, das pesadas para as compactas. Mas o que não mudou foi a crença: se a Atlas Copco lança um produto, é porque ele é bom.
Celso se orgulha de saber que a gente fabrica os próprios elementos, que a engenharia é própria, que não somos apenas montadores — somos criadores.
Ele viu isso de perto. Vendeu máquinas de alta pressão, equipamentos especiais, soluções robustas para obras e indústrias exigentes. Acreditou em cada lançamento.
Desafios? Muitos. Mas a vontade sempre foi maior.
Crises econômicas, instabilidades políticas, recessões. Celso esteve lá. Ele viu as dificuldades chegarem — e passar.
Porque a gente sempre manteve os pés no chão e os olhos no horizonte. “Crise passa. O que fica é a confiança que você constrói com o cliente.”
E com ele, a palavra “comprometimento” nunca foi apenas discurso. Era prática.
Sua equipe trabalha quando for preciso. Porque sabe que compressor parado é fábrica parada.
E fábrica parada custa caro: “Trabalhamos com urgência, porque o cliente não pode esperar.”
Legado vivo, transmitido com orgulho
Hoje, aos 71 anos, Celso continua trabalhando. Com vigor, com gosto, com orgulho. E com sabedoria: já prepara seu sucessor. Está ensinando tudo ao genro, Rodrigo.
“Não adianta levar conhecimento pro caixão. Estou passando adiante.”
Com a distribuidora ACBSUL, ele está passando valores. Respeito, compromisso, lealdade. Está formando continuidade, está garantindo que a bandeira que carrega siga erguida, por outros braços, mas com o mesmo coração.
E para os próximos 70 anos...
Quando perguntado sobre o que deseja para o futuro da Atlas, a resposta é clara.
“Que venham mais 70. Mais 100. Porque essa empresa tem alma, tem visão e tem raízes.”
Celso acredita. Acredita que a gente continuará evoluindo, inovando, cuidando de quem está longe dos grandes centros, como ele, mas perto do que realmente importa: o cliente, a solução, a confiança.
Ele sabe que a nossa história é feita de tecnologia, sim. Mas também de pessoas como ele, que transformam trabalho em propósito, estrada em legado, tempo em valor.