- Posição Atual: Key Account Sales - Compressor Technique
A história de José Penna se confunde com a nossa.
Quando ele chegou ao Grupo Atlas Copco, em 1978, era um jovem de 22 anos, cheio de curiosidade, entusiasmo e sede de mundo.
Tinha vindo de outras experiências, inclusive do exército, e foi indicado por alguém que conhecia bem o nosso jeito de ser.
“Vai para a Atlas. Lá é o seu lugar.”
E foi mesmo.
Penna entrou como trainee de vendas. Carregava propostas nas mãos, atravessava cidades para conversar com clientes pessoalmente. Naquela época, não havia e-mail, nem celular.
Havia o olho no olho, a conversa no portão da fábrica, a escuta atenta no corredor. E foi assim que ele aprendeu a ser não apenas um vendedor, mas um parceiro de confiança.
Com o tempo, descobriu que o que mais gostava eram os compressores. Poderia ter seguido por outro caminho — ferramentas, mineração, equipamentos portatéis — mas fez sua escolha.
E como ele mesmo diz:
O talento de ouvir com empatia
O que tornou Penna único na nossa história não foi apenas sua habilidade técnica ou seus números de vendas. Foi sua capacidade rara de escutar de verdade.
Ao longo dos anos, ele se tornou nosso especialista em reconquistar clientes perdidos. Aqueles que já tinham virado as costas, que não queriam mais ouvir falar do Grupo. E foi com paciência, respeito e humanidade que ele abriu essas portas novamente.
E talvez por isso tenha sido escolhido para atender os clientes mais exigentes: grandes grupos industriais, montadoras, empresas com histórias complexas.
Penna se tornou sinônimo de confiança.
Ideias que saem do papel
Sempre foi inquieto. Criativo. Às vezes até um pouco “inventor”.
Teve ideias ousadas — como construir cavernas subterrâneas para armazenar petróleo por gravidade — e outras mais realistas, mas igualmente transformadoras.
Foi ele quem vendeu o primeiro contrato de locação para a Hyundai. Um projeto tão bem-sucedido que virou referência, com vídeo e tudo. “Se eu vender, vocês me dão um Hyundai?”, brincou com o gerente da época.
E vendeu.
E ganhou o carro.
No Grupo, ouvimos suas ideias. Mesmo as mais diferentes. Porque sabemos que a inovação nasce da escuta e da liberdade de propor.
O que faz alguém ficar?
Penna nunca parou. Nunca pediu aposentadoria. Nunca pensou em sair. Porque, como ele diz, “não é falta de convite... é amor pelo lugar.”
Ama os clientes. Gosta de vê-los sorrindo, de ouvir sobre bicicletas, famílias, histórias. Para ele, visitar um cliente é como visitar um compadre. E quando precisa viajar, prefere ir de carro — mesmo que dirija para longe e sozinho — porque quer chegar no tempo certo, sem pressa, pronto para conversar.
Ele fala com todos, do porteiro à diretoria. Conhece pelo nome, e é chamado pelo nome. Gosta da sopa suíça da Dona Rosa, da comida boa, do carro confortável, das ferramentas que damos para trabalhar com dignidade.
E o que mais nos emociona é ver como sua história inspira quem está começando.
De geração em geração
Penna acredita nos jovens. E sabe que a diferença entre as gerações não é uma barreira, mas uma ponte. Ensina com paciência. Aprende com humildade.
E reforça, sempre: “Enquanto você está falando, você não está aprendendo. Fica quieto e escuta.”
Ele vê no futuro do Grupo o desafio de equilibrar tecnologia e humanidade. De formar talentos que saibam programar um sistema, mas também sentir a temperatura emocional de uma sala de reunião. Que saibam quando é hora de mostrar um gráfico e quando é hora de apenas ouvir.
A mensagem que ele deixa
Se o Grupo fosse uma pessoa, Penna lhe diria com a voz serena e os olhos brilhando:
E talvez completasse com uma das histórias que mais gosta de contar: a do cliente que virou amigo, da fábrica que confiou mais nele do que nos próprios cálculos, da gerente de compras que percebeu, só de olhar em seus olhos, que ele acreditava de verdade no que estava dizendo.
José Penna é parte viva da nossa história.
Um símbolo de tudo o que acreditamos: escuta, pertencimento, confiança, humanidade. E por isso, com orgulho e gratidão, celebramos sua jornada nesses 70 anos de Grupo Atlas Copco.