- Posição Atual: Gerente Geral de Industrial Technique
Flávio Malaman chegou ao Grupo Atlas Copco em 2011, trazendo consigo a experiência de fornecedor que já conhecia o mercado de ferramentas, mas ainda não a cultura interna da empresa.
Antes de ingressar na empresa, Flávio lidava com tensões entre distribuidores e clientes, vendo de perto os desafios de atendimento e relacionamento que marcavam o mercado brasileiro.
Ao receber o convite para assumir a posição de BLM na área de Indutsrial Technique, focada em ferramentas para indústria geral ele se deparou com um portfólio diverso, atendendo setores que iam da mineração, passando por construção pesada, eletrônicos e automotivo.
Cada segmento trazia demandas diferentes, cada cliente um mundo à parte, e era preciso absorver essa complexidade sem perder o foco.
Nos primeiros anos, Flávio acompanhou a curva de crescimento acelerado do Grupo Atlas Copco no Brasil.
O negócio expandia rapidamente, mas não sem desafios: em 2015, a Lava Jato impactou os grandes clientes e trouxe a primeira grande queda, exigindo resiliência e adaptação.
Ele recordava a metáfora do barquinho no meio da onda, às vezes, o vento soprava a favor, às vezes contra, mas era preciso manter o equilíbrio e reconstruir as estruturas do time.
Em 2017, Flávio assumiu o mercado automobilístico, a maior indústria de Industrial Technique.
Compreender essa cadeia produtiva – desde a linha de montagem de carros até a produção de peças para caminhões e fornecedores – foi um exercício de estratégia e atenção à qualidade, rastreabilidade e velocidade de produção.
Para ele, a indústria automotiva era o maior motor de inovação em tecnologia dentro do Grupo Atlas Copco, definindo padrões que depois se espalhavam para outros mercados.
O ano de 2021 trouxe um novo capítulo: a pandemia exigiu adaptação imediata, com mudanças de escritório, implementação de home office e novos sistemas digitais para manter a operação e o contato com clientes.
Flávio liderou a transformação, reforçando treinamentos, desenvolvimento de equipes e criando o Innovation Center, um marco que permitiu integrar clientes, produtos e pessoas de forma ainda mais eficiente.
Com isso, o crescimento retomou ritmo acelerado, batendo recordes em 2022, 2023 e 2024.
Ao longo desses anos, Flávio destacou a importância da cultura do Grupo Atlas Copco: descentralizada, colaborativa, com autonomia e responsabilidade.
Um dos maiores desafios que ele enfrentou foi unir a equipe em torno de objetivos comuns, alinhando pessoas, processos e valores.
Investir em confiança, colaboração e desenvolvimento contínuo tornou-se central para sustentar a performance e a inovação, preparando a organização para o futuro.
Hoje, Flávio vê o Grupo Atlas Copco como uma empresa que evoluiu da produção de ferramentas pneumáticas para elétricas, para a coleta de dados inteligentes e sistemas de automação.
Os produtos, agora integrados em ecossistemas inteligentes, estão conectados por software, inteligência artificial e sistemas de visão, permitindo decisões automatizadas e operações cada vez mais autônomas.
Para Flávio, o futuro da empresa está na velocidade da transformação tecnológica, na integração de sistemas e na capacidade de preparar pessoas e processos para acompanhar esse ritmo.
Ao celebrar os 70 anos do Grupo Atlas Copco no Brasil, Flávio reflete: a empresa não é apenas uma entidade, mas o conjunto de todas as pessoas que contribuíram para essa história, com uma mentalidade jovem e aberta à inovação.
E olhando para o futuro, ele acredita que o impacto do Grupo Atlas Copco continuará crescendo, transformando mercados, clientes e a sociedade.